
O custo do capital define o valor da empresa no mercado e afeta a perceção do risco pelos investidores. Consequentemente, os empresários que compreendem este conceito estruturam melhor as suas transações e negociam de forma mais vantajosa. No entanto, muitas empresas calculam incorretamente este indicador, o que compromete a avaliação do negócio e prejudica a atratividadede para os investidores.
O custo do capital para além de influenciar diretamente a avaliação de uma empresa, também afeta a sua atratividade no mercado. De facto, os investidores analisam este indicador para determinar a rentabilidade esperada após a aquisição. Além disso, empresas com um custo mais baixo oferecem retornos ajustados ao risco mais previsíveis, o que atrai mais investidores.
Além disso, a estrutura de financiamento afeta o custo do capital e a decisão de investimento. Como resultado, as empresas precisam de escolher entre capital próprio e financiamento por dívida, sendo que cada opção tem impacto direto na avaliação final. Se uma empresa financia uma aquisição com muita dívida, o seu risco financeiro aumenta, o que pode afastar compradores. Por outro lado, se otimiza a sua estrutura antes de uma venda, pode reduzir o custo do capital e justificar um múltiplo de avaliação mais elevado.
O Custo Médio Ponderado do Capital (WACC) equilibra o custo dos capitais próprios e o custo da dívida para determinar a taxa de desconto utilizada na avaliação de empresas. Como referência, a fórmula do WACC é:
WACC = (D / (D+E) × Kd × (1 – Taxa de Imposto)) + (E / (D+E) × Ke).
De forma prática, empresas utilizam o WACC para calcular o valor presente dos fluxos de caixa futuros e estimar o retorno necessário para compensar o risco. No entanto, muitas simplificam excessivamente o cálculo e ignoram fatores como incentivos fiscais e deduções sobre a dívida. Além disso, dificuldades na estimativa do custo dos capitais próprios e da dívida podem levar a avaliações incorretas.
O custo dos capitais próprios varia consoante a perceção do risco avaliada pelos investidores. Quando a volatilidade do mercado aumenta, o prémio de risco sobe, o que faz com que o Ke seja mais elevado. Por esse motivo, as empresas com fluxos de caixa imprevisíveis, forte concorrência ou que operam num setor instável apresentam um custo mais alto, o que reduz a sua valorização.
Além disso, a fase de crescimento da empresa afeta diretamente o Ke. Como resultado, as startups e os negócios em expansão enfrentam um custo mais elevado devido à incerteza dos seus retornos. Por outro lado, as empresas consolidadas, com resultados previsíveis e um histórico financeiro sólido, conseguem reduzir esse custo, tornando-se mais atrativas para investidores e potenciais compradores.
Se o Ke for demasiado alto, a empresa torna-se menos competitiva no mercado de fusões e aquisições, uma vez que os investidores exigem retornos superiores para compensar o risco. Como consequência, o valor da empresa pode ser penalizado e a negociação de uma venda torna-se mais difícil.
O custo da dívida reflete o custo do financiamento através de empréstimos e obrigações. Regra geral, empresas com classificações de crédito mais baixas enfrentam taxas de juro mais elevadas, o que aumenta o seu custo da dívida. Além disso, ciclos de política monetária e inflação têm impacto diretamente os custos de financiamento.
Ao contrário do custo dos capitais próprios, os juros pagos sobre a dívida são dedutíveis para efeitos fiscais. Como consequência, empresas conseguem reduzir o impacto real da dívida no WACC. No entanto, precisam de gerir bem a sua alavancagem financeira, pois um nível elevado de dívida pode aumentar significativamente o risco da empresa.
A relação entre dívida e capital próprio afeta diretamente o WACC. Para minimizar este impacto, empresas podem ajustar a sua estrutura de capital antes de uma transação, refinanciando a dívida para melhorar o perfil de risco.
Além disso, a escolha entre financiamento por dívida ou por capitais próprios tem impacto na flexibilidade financeira da empresa adquirida. Como resultado, empresas precisam de avaliar os critérios para determinar qual a melhor opção, considerando fatores como custo de financiamento e impacto nos fluxos de caixa.
O ambiente económico e político afeta diretamente o custo do capital. Em mercados instáveis, empresas enfrentam um risco país mais elevado, o que encarece o financiamento. Para reduzir este impacto, algumas empresas recorrem a estratégias como cobertura cambial e seguros contra risco político.
Além disso, a correlação entre moedas influencia a estabilidade do WACC. Como consequência, empresas que operam em mercados internacionais precisam de considerar estas variáveis para evitar oscilações inesperadas no custo do financiamento.
Os investidores comparam constantemente alternativas de investimento para maximizar os seus retornos ajustados ao risco. Como resultado, o prémio de risco de mercado tende a ser mais elevado em economias emergentes, onde a incerteza económica e a volatilidade são maiores.
Além disso, crises financeiras aumentam o risco sistémico, elevando o custo do capital para todas as empresas. Para evitar este efeito, empresas que operam em setores mais expostos à instabilidade económica precisam de ajustar a sua estrutura de capital.
Empresas utilizam o custo do capital para calcular o valor presente dos fluxos de caixa futuros no método Discounted Cash Flow (DCF). Como referência, o WACC funciona como taxa de desconto para refletir o risco do investimento. No entanto, algumas empresas utilizam metodologias alternativas, como o Adjusted Present Value (APV), que separa os efeitos fiscais da dívida.
Além disso, o estágio de crescimento da empresa impacta diretamente o WACC. Startups e empresas em expansão apresentam maior risco, o que leva a um custo dos capitais próprios mais elevado. No entanto, empresas maduras tendem a ter um custo do capital mais baixo, pois oferecem previsibilidade nos fluxos de caixa.
A falta de dados estruturados e estimativas incorretas do risco prejudicam muitas avaliações. Para evitar este problema, na HMBO, asseguramos que os nossos clientes percebem os elementos que têm impacto na avaliação do seu negócio. Deste modo, realizamos uma análise rigorosa e podemos otimizar o custo do capital para garantir avaliações realistas e atrativas.
Além disso, a estruturação financeira da transação influencia diretamente o sucesso da operação. Para resolver esta questão, na HMBO apoiamos os empresários na escolha do melhor modelos de aquisição de capital, minimizando o impacto no WACC.
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