
O Setor Farmacêutico atravessa um dos períodos de mudança mais rápidos das últimas décadas. Em 2025, os avanços científicos, a digitalização acelerada, as novas exigências regulatórias e a pressão crescente sobre os preços alteram radicalmente a forma como as empresas crescem, inovam e competem. Neste cenário, as fusões e aquisições (M&A) tornaram-se uma das ferramentas estratégicas mais relevantes.
Através de transações, as empresas reforçam as suas capacidades, entram em novos mercados e aceleram o acesso a tecnologias emergentes. Por isso, para os investidores que acompanham estas dinâmicas, o momento é propício a identificar ativos de elevado potencial e posicionar-se antes da valorização.
Durante muitos anos, os medicamentos foram pensados com base num modelo único, destinado à maioria da população. Hoje, graças aos avanços na genética e à análise mais fina do perfil biológico dos doentes, o Setor Farmacêutico aposta fortemente em terapias personalizadas. Com esta evolução, empresas desenvolvem tratamentos adaptados ao ADN e às características individuais de cada paciente, sobretudo em áreas como o cancro, as doenças autoimunes ou as patologias raras.
Por isso, as terapias celulares como as CAR-T, que utilizam células do próprio doente modificadas em laboratório para atacar tumores específicos, representam um salto tecnológico com impacto clínico muito relevante. Além disso, as farmacêuticas que lideram esta área captam o interesse de grupos maiores, que as adquirem para incorporar inovação sem perder tempo em investigação própria.
Assim, os investidores encontram aqui um espaço privilegiado para entrar cedo e colher os frutos da valorização.
Atualmente, os algoritmos inteligentes analisam milhões de combinações químicas em tempo recorde. Com este apoio, os cientistas eliminam opções pouco viáveis, concentram os esforços em moléculas promissoras e aceleram os ensaios clínicos.
Por conseguinte, o Setor Farmacêutico encurta o tempo de desenvolvimento, reduz os custos e melhora a taxa de sucesso. Além disso, a inteligência artificial apoia a previsão de efeitos adversos, seleciona os doentes mais indicados para determinados tratamentos e até automatiza parte dos processos regulatórios.
Consequentemente, as empresas tecnológicas que fornecem estas soluções digitais tornaram-se alvos prioritários em processos de aquisição, sobretudo por farmacêuticas com estratégias de inovação aberta.
Hoje, graças a dispositivos como relógios inteligentes, sensores corporais e aplicações móveis, os pacientes partilham dados de saúde de forma contínua. Com esta informação, as empresas recolhem dados reais (real-world data) que permitem avaliar a eficácia dos medicamentos fora do ambiente clínico tradicional.
Por exemplo, é possível perceber se um doente toma o medicamento como prescrito, se os sintomas melhoram, ou se existem padrões de comportamento que influenciam os resultados.
Com isso, o Setor Farmacêutico passa a demonstrar valor com base em dados concretos, algo cada vez mais exigido por governos e seguradoras. Portanto, as startups que trabalham neste cruzamento entre tecnologia, comportamento e saúde conquistam espaço e tornam-se aquisições estratégicas.
Nos últimos anos, os problemas na entrega de medicamentos tornaram-se evidentes, especialmente durante a pandemia. A partir daí, as empresas perceberam que não basta produzir: é preciso garantir que o medicamento chega ao destino em condições ideais.
Por esse motivo, o Setor Farmacêutico investe hoje em rastreabilidade digital (como blockchain), sensores de temperatura e fábricas próximas dos mercados-alvo. Com estas soluções, as empresas reduzem riscos, cumprem exigências regulatórias mais apertadas e protegem a qualidade do produto final.
Assim, operadores logísticos com especialização em saúde — capazes de transportar medicamentos biológicos, por exemplo — tornaram-se parceiros fundamentais e alvos preferenciais para aquisição por grandes grupos.
Neste momento, os reguladores exigem maior transparência, mais dados de segurança e sistemas de rastreabilidade que cubram todo o ciclo de vida de um medicamento.
Com isso, as empresas precisam de estar bem preparadas para responder às exigências da EMA, da FDA ou de outras entidades nacionais. Ainda assim, quem apresenta soluções inovadoras com forte impacto clínico pode beneficiar de vias rápidas de aprovação.
Por isso, o Setor Farmacêutico valoriza cada vez mais empresas com know-how regulatório, ou que já tenham processos em curso junto das autoridades de saúde. Nesse sentido, muitos grupos preferem adquirir empresas que estão em fases avançadas de aprovação, em vez de começar o processo do zero.
Para os investidores, estas empresas representam oportunidades de menor risco com alto potencial de retorno.
Hoje, desenvolver um novo medicamento de raiz custa mais de mil milhões de euros e pode demorar mais de 10 anos. Por isso, as grandes farmacêuticas optam por adquirir startups ou biotechs com produtos em desenvolvimento avançado.
Por exemplo, a AstraZeneca comprou a belga EsoBiotec, especializada em terapias celulares, e entrou de forma imediata numa nova área terapêutica. Com isso, os investidores que acompanham estas dinâmicas identificam oportunidades em fases precoces e lucram com a valorização.
Atualmente, as startups desenvolvem soluções inovadoras nas áreas de terapias genéticas, vacinas RNA, diagnóstico digital e monitorização remota. Ao mesmo tempo, a logística ganhou importância estratégica, com aquisições como a da Cryopdp pela DHL. Paralelamente, os fundos de investimento reforçaram a sua presença no setor, comprando empresas médias, reorganizando operações e preparando-as para fases seguintes de crescimento.
Muitas empresas optam também por fusões como resposta à pressão sobre preços e redução de margens. Nestes casos, ganhar escala, partilhar risco e reforçar o poder negocial são as motivações principais. A fusão entre Mallinckrodt e Endo International é apenas um exemplo de uma tendência global.
Na Europa, os grandes grupos voltam a investir em produção local. Com novas fábricas da Eli Lilly ou da Johnson & Johnson, a região reforça a autonomia estratégica e reduz a dependência de países como a China ou a Índia.
Em Portugal, embora o mercado seja mais pequeno, há sinais positivos. Com talento qualificado, universidades fortes e acesso a fundos europeus, o país começa a atrair atenção de investidores internacionais. Por isso, empresas com produção própria, exportação ativa ou soluções digitais estão bem posicionadas para crescer. Ainda assim, o desafio da escala mantém-se. Para ultrapassá-lo, é fundamental apostar na diferenciação e na qualidade.
Neste momento, os investidores encontram oportunidades em empresas tecnológicas com soluções disruptivas, startups digitais de saúde, fabricantes por contrato (CDMOs) com capacidade de escalar, operadores logísticos especializados e equipas com forte competência técnica e regulatória. Em todos estes casos, o Setor Farmacêutico oferece estabilidade, inovação e retorno consistente para quem sabe onde procurar.
Hoje, investir no Setor Farmacêutico exige conhecimento, visão estratégica e acesso direto às oportunidades certas. A HMBO atua como parceiro de referência em operações de M&A e captação de capital neste setor.
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