
O setor de transporte e logística em 2025, para além de ser uma função operacional, assume-se também como um motor estratégico de crescimento e diferenciação. As cadeias de abastecimento tornaram-se mais digitais, mais sustentáveis e mais integradas. As grandes empresas que procuram crescer através de aquisições totais ou parciais enfrentam agora um desafio exigente: equilibrar eficiência, tecnologia e escala num mercado em rápida consolidação.
O crescimento do comércio eletrónico e a pressão por entregas mais rápidas redefiniram o conceito de eficiência no setor de transporte e logística. A previsibilidade e a rapidez tornaram-se essenciais, levando as empresas a investir em integração tecnológica, em novas infraestruturas e em estratégias de consolidação. Estas operações não se limitam à expansão, representam uma forma de reduzir riscos e controlar mais etapas da cadeia de valor.
Além disso, a instabilidade geopolítica e as disrupções em rotas internacionais, como as do Mar Vermelho, reposicionaram Portugal como um ponto de ancoragem relevante no contexto logístico europeu. Por conseguinte, a localização estratégica, aliada à estabilidade regulatória, reforça o papel do país como alternativa segura para cadeias internacionais.
Por fim, a autonomia logística tornou-se uma prioridade europeia. A União Europeia aposta em cadeias regionais e incentiva a proximidade entre produção e consumo, o que aumenta a importância do setor de transporte e logística nacional.
A digitalização é o grande motor de competitividade no setor de transporte e logística. As empresas recorrem a sistemas integrados como TMS e WMS, sustentados por Inteligência Artificial e Internet das Coisas, para garantir previsibilidade e rastreabilidade total. Estas ferramentas otimizam rotas, reduzem falhas e permitem decisões rápidas baseadas em dados. Além disso, a automação colaborativa, com o apoio de cobots, melhora a produtividade sem eliminar o papel humano.
Simultaneamente, a sustentabilidade tornou-se um critério obrigatório. O pacote europeu Fit for 55 obriga à redução de emissões e à transição para frotas elétricas e biocombustíveis. Por isso, as empresas líderes do setor já integram relatórios ESG e políticas ambientais sólidas. As diretivas CSRD reforçam essa exigência, impondo transparência no impacto ambiental.
Por outro lado, Portugal reforça o seu papel no setor de transporte e logística europeu através de investimentos em Sines, Leixões e Aveiro, que consolidam o país como um hub atlântico. Os corredores ferroviários ibéricos e os novos terminais intermodais ligam Portugal ao coração da Europa. Consequentemente, as empresas que apostam em integração vertical, unindo transporte, armazenagem e tecnologia, garantem margens mais sólidas e operações previsíveis.
Finalmente, a escassez de talento técnico é uma barreira à modernização. O avanço tecnológico exige perfis híbridos e especializados. Assim, as empresas estão a investir em formação e upskilling para desenvolver equipas mais preparadas e produtivas.
As operações de M&A moldam o futuro do setor de transporte e logística. As empresas procuram aumentar escala, melhorar eficiência e reforçar o controlo sobre as cadeias. Por essa razão, a consolidação deixou de ser uma tendência e tornou-se uma estratégia essencial. As fusões verticais reduzem custos, otimizam sinergias e fortalecem o poder negocial junto de fornecedores e clientes.
Adicionalmente, as aquisições tecnológicas ganharam protagonismo. As empresas adquirem start-ups logísticas e plataformas SaaS para acelerar a digitalização interna. Dessa forma, a integração de novas tecnologias permite oferecer serviços completos e rastreáveis, com maior valor acrescentado.
Em simultâneo, a diversificação geográfica tornou-se um objetivo prioritário. Portugal afirma-se como uma plataforma atlântica entre Europa, África e América Latina. As joint ventures e parcerias internacionais permitem às empresas partilhar riscos e aceder a novos mercados.
Por outro lado, as fusões defensivas entre operadores médios são cada vez mais comuns. Estas operações garantem escala e acesso a contratos internacionais. No entanto, exigem avaliações empresariais rigorosas para assegurar que as sinergias previstas se concretizam. O segmento de logística de frio, farmacêutica e e-commerce destaca-se pela estabilidade e pelo elevado valor estratégico.
Finalmente, os fundos de private equity e de infraestrutura estão a consolidar a sua presença no setor de transporte e logística. Estes investidores procuram ativos tangíveis e sustentáveis, como armazéns automatizados e redes ferroviárias. Assim, trazem capital e visão de longo prazo, reforçando a profissionalização e a solidez do setor.
A concentração de capital e conhecimento está a criar operadores de escala europeia no setor de transporte e logística. Estes grupos integrados têm maior capacidade de investimento em inovação, digitalização e sustentabilidade. Consequentemente, aumentam a eficiência e definem novos padrões de competitividade.
Contudo, a concentração também traz desafios. A centralização de recursos em grandes operadores pode gerar desequilíbrios regionais e dependência de poucos players. Em Portugal, os clusters logísticos de Sines e Leixões são exemplo desta tendência, concentrando investimento e emprego. Por isso, é essencial manter políticas fiscais e regulatórias equilibradas que promovam a concorrência e atraiam novos investidores.
Assim, o país tem a oportunidade de se afirmar como uma plataforma estável e competitiva para o investimento logístico, reforçando a sua posição no mercado europeu.
Os investimentos portuários em Portugal ultrapassarão os 4 mil milhões de euros até 2035, reforçando o papel do país como hub logístico atlântico. Paralelamente, a expansão dos corredores ferroviários ibéricos e o investimento em descarbonização estão a modernizar a infraestrutura logística nacional.
Além disso, o setor de transporte e logística registou em 2025 várias operações de M&A, sobretudo em logística de frio e transporte terrestre. Este movimento confirma o interesse de investidores internacionais em ativos portugueses. Em paralelo, start-ups nacionais de software logístico estão a captar capital, posicionando Portugal como polo tecnológico emergente.
Por outro lado, a nova regulação europeia CSRD, ETS II e FuelEU Maritime obriga as empresas a integrar o custo ambiental na operação. Assim, o alinhamento entre tecnologia, sustentabilidade e investimento é agora uma condição para o crescimento.
As empresas que pretendem crescer devem encarar o M&A como um instrumento estratégico, não apenas financeiro. A aquisição de operadores especializados ou de empresas tecnológicas é a via mais eficaz para acelerar a inovação e diversificar operações.
Além disso, as estratégias de integração devem assentar em sinergias operacionais reais e em compatibilidade cultural. Sem alinhamento de processos e valores, o potencial de criação de valor perde-se. As equipas de integração dedicadas, com métricas claras e planeamento rigoroso, são determinantes para o sucesso.
Adicionalmente, o alinhamento com objetivos ESG reforça a reputação e o acesso a capital institucional. As empresas que integrem sustentabilidade e inovação nos seus planos de crescimento posicionam-se à frente na próxima década do setor de transporte e logística.
Por fim, o apoio de advisors financeiros e jurídicos especializados garante segurança e eficiência fiscal em cada operação. As empresas que combinam visão estratégica, preparação e execução serão as que liderarão o novo ciclo logístico.
O ritmo de mudança no setor de transporte e logística cria desafios exigentes. É necessário avaliar ativos com precisão, assegurar conformidade regulatória e integrar tecnologia e cultura empresarial. Além disso, a pressão ambiental e a falta de talento especializado tornam indispensável o apoio de parceiros com experiência e visão.
Na HMBO, fazemos uma análise financeira rigorosa dos negócios ideais e aprofundamos o seu enquadramento setorial. Deste modo, apoiamos grandes empresas desde a identificação de oportunidades de aquisição até à ao fecho.
Com uma rede sólida de investidores e parceiros, na HMBO garantimos processos de due diligence completos e estruturas de investimento eficientes. Deste modo, utilizamos as tendências do mercado para alcançar oportunidades concretas de crescimento, fortalecendo a posição das empresas num setor de transporte e logística cada vez mais competitivo e global.
Se a sua empresa procura crescer através de aquisições, consolidar operações ou reforçar o posicionamento no setor logístico, fale connosco.