
O Setor de TVDE em Portugal evoluiu rapidamente nos últimos anos. Em 2025, apresenta-se como um mercado mais maduro, regulado e tecnologicamente avançado. Neste cenário, as operações de M&A assumem um papel central para quem pretende crescer ou entrar de forma estruturada no país.
Por isso, os investidores enfrentam uma realidade com oportunidades reais, mas também com riscos operacionais e legais que exigem análise técnica e abordagem especializada.
O número de operadores informais reduziu de forma significativa. Por consequência, surgiram entidades empresariais estruturadas, com gestão centralizada de frota, formação interna e processos de controlo consistentes.
Além disso, estas empresas adotaram contratos com motoristas que impõem critérios objetivos de desempenho. Assim, aumentaram a eficiência e reduziram o risco para quem gere ou investe.
Ao mesmo tempo, os modelos de franchising ganharam tração em zonas urbanas fora dos grandes centros. Com isso, replicaram estruturas de gestão com identidade própria e presença local.
Na mesma linha, o capital institucional entrou em operadores com base consolidada, permitindo acelerar a profissionalização e facilitar futuras aquisições.
O Estado apertou o controlo sobre o setor com medidas articuladas entre IMT, Autoridade Tributária e ASAE. Por essa razão, a fiscalização tornou-se mais frequente e rigorosa, incidindo sobre contratos, licenciamento e segurança.
Além disso, o registo público nacional de operadores facilitou a distinção entre entidades legais e estruturas irregulares. Com isso, os riscos reputacionais passaram a ser mais visíveis para quem investe ou entra em operações de M&A.
A legislação recente obrigou as plataformas a publicar relatórios sobre segurança, queixas e sinistralidade. Por consequência, aumentou a responsabilidade pública e a pressão para manter padrões elevados.
Ao mesmo tempo, as penalizações por incumprimento agravaram-se e passaram a incluir sanções imediatas e suspensões de licença. Assim, o cumprimento legal tornou-se um fator crítico de valorização e de risco.
Lisboa, Porto e Coimbra impuseram restrições ao acesso de viaturas com emissões elevadas. Por essa razão, os operadores viram-se obrigados a renovar a frota e adotar viaturas elétricas ou híbridas com baixa emissão.
Além disso, os apoios públicos ao abrigo do PRR ajudaram a suportar os custos da transição energética. Com isso, tornou-se mais viável alinhar os objetivos financeiros com as exigências ambientais.
As plataformas alteraram os algoritmos de atribuição de viagens para premiar viaturas com menor impacto ambiental. Por consequência, os operadores com frota elétrica passaram a ter mais volume de trabalho.
Ao mesmo tempo, parcerias com empresas de energia garantiram acesso exclusivo a pontos de carregamento e melhores condições comerciais. Com isso, os custos logísticos reduziram e a operação tornou-se mais previsível.
Lisboa integrou o sistema Navegante com soluções TVDE para promover mobilidade combinada. Com isso, o Setor de TVDE passou a fazer parte das estratégias municipais de transporte urbano.
Ao mesmo tempo, os operadores desenvolveram plataformas próprias com dashboards em tempo real. Por essa razão, passaram a monitorizar desempenho, rotas, reclamações e métricas de serviço de forma contínua.
Vários operadores incorporaram inteligência artificial para prever picos de procura com base em eventos, clima e dados históricos. Assim, ganharam capacidade de antecipação e reforçaram a eficiência das frotas.
Além disso, a automação dos processos internos, da formação à faturação, criou condições para escalabilidade e redução de erros operacionais.
A saturação da oferta tradicional obrigou os operadores a diferenciar os serviços. Por isso, surgiram propostas específicas para turismo premium, transporte médico não urgente e serviços adaptados a idosos.
Além disso, alguns operadores disponibilizaram viaturas com capacidade para transportar bicicletas, animais ou bagagens de grande dimensão. Com isso, responderam a segmentos negligenciados pelas plataformas maiores.
Zonas rurais com fraca cobertura de transporte público começaram a ser atendidas por operadores locais especializados. Por consequência, criaram oportunidades com menor concorrência direta e maior fidelização.
Ao mesmo tempo, cresceram os modelos de subscrição para profissionais liberais e empresas. Assim, os operadores passaram a garantir rendimento mensal previsível e menor dependência do mercado spot.
Os consumidores passaram a valorizar mais a sustentabilidade e a previsibilidade. Por isso, a escolha por viaturas elétricas aumentou e a aceitação de tarifas dinâmicas imprevisíveis diminuiu.
Além disso, os clientes preferem apps com interfaces simples e opções claras de escolha do motorista e do tipo de veículo. Com isso, a experiência digital passou a influenciar diretamente a taxa de retenção.
As avaliações online dos motoristas e da plataforma tornaram-se determinantes para a escolha do serviço. Por consequência, os operadores começaram a investir mais em formação e consistência no atendimento.
Ao mesmo tempo, as reclamações visíveis em tempo real impõem maior rigor e capacidade de resposta. Assim, as empresas que mantêm padrões elevados de qualidade ganham vantagem.
Os motoristas organizam-se cada vez mais em estruturas representativas. Por essa razão, aumentaram as exigências por limites de jornada, subsídios de combustível e mecanismos de proteção em caso de exclusão.
Em alguns casos, os tribunais reconheceram vínculos laborais onde existia dependência económica. Com isso, algumas plataformas começaram a contratar motoristas diretamente, criando modelos híbridos.
Ao mesmo tempo, sindicatos e comissões de motoristas passaram a negociar com plataformas para garantir maior transparência nos critérios de penalização. Por consequência, aumentou a complexidade na gestão da força de trabalho.
Assim, os investidores passaram a analisar com mais atenção os riscos jurídicos e sociais associados à contratação dos motoristas.
Vários operadores optaram por fusão para ganhar escala e responder às exigências legais. Com isso, passaram a partilhar recursos, integrar tecnologia e reduzir custos administrativos.
As operações de M&A no Setor de TVDE valorizam principalmente a carteira de motoristas, o histórico de compliance e a reputação operacional. Por essa razão, a frota deixou de ser o principal critério de avaliação.
Os targets com baixa rotatividade, sistemas de controlo interno e tecnologia própria atraem múltiplos mais altos. Assim, os investidores priorizam ativos com menor risco regulatório e maior previsibilidade.
As fusões e aquisições aumentam a eficiência, a capacidade de investimento e a profissionalização. Por isso, tornam-se estratégicas para enfrentar a concorrência e responder a reguladores.
No entanto, envolvem riscos de integração, resistência de motoristas e necessidade de uniformização. Assim, exigem planeamento rigoroso e execução coordenada.
Além disso, os grupos adquirentes enfrentam custos adicionais para harmonizar processos e contratos, o que exige estratégia de médio prazo.
As operações de M&A no Setor de TVDE apresentam desafios específicos como a falta de dados padronizados, riscos legais ocultos e a dificuldade de identificar empresas fora do mercado aberto.
Na HMBO, apoiamos investidores na identificação de targets viáveis, na realização de due diligence completa e na estruturação segura das operações.
Com a HMBO, os investidores acedem a processos claros, ativos sólidos e controlo sobre o risco real. Por isso, conseguimos acelerar decisões, reduzir incertezas e aumentar o retorno esperado nas operações.
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