Tendências no setor de Aftermarket em 2025

Tempo de leitura: 5 minutos

Tendencia Aftermarket

O aftermarket automóvel entra em 2025 com mudanças estruturais profundas. Este setor inclui todas as atividades ligadas à manutenção, reparação e substituição de componentes de veículos após a venda inicial. Em Portugal, o aftermarket representa uma fatia relevante da economia e atrai cada vez mais investidores e grupos industriais.

Atualmente, o aftermarket é mais do que uma extensão do serviço automóvel. Na prática, tornou-se uma ferramenta de fidelização de clientes e uma fonte de receitas recorrentes. Por isso, os operadores mais avançados estão a abandonar o modelo de venda pontual e a oferecer contratos de manutenção, garantias prolongadas e subscrições.

Tendências que moldam o aftermarket em Portugal

Digitalização, conectividade e inteligência artificial

O aftermarket acompanha a digitalização com forte crescimento das vendas online de peças e agendamento de serviços. Atualmente, as empresas utilizam plataformas digitais ligadas a sistemas ERP e CRM, o que melhora a gestão e aumenta o controlo operacional.

Além disso, os veículos conectados e a adoção de sensores inteligentes permitem recolher dados em tempo real e ativar manutenção preditiva. Por isso, as oficinas antecipam avarias e otimizam recursos, enquanto reduzem custos e melhoram a satisfação do cliente.

Finalmente, a experiência do cliente tornou-se prioridade. As marcas que garantem integração omnichannel entre loja física, website e app ganham vantagem competitiva. Sem essa coerência, perdem quota para operadores digitais mais ágeis.

Mobilidade elétrica e novas formas de utilização

Os veículos elétricos reduzem a procura por serviços de manutenção tradicional. No entanto, exigem novos conhecimentos técnicos em baterias, sistemas eletrónicos e software de controlo.

Entretanto, o aftermarket adapta-se à realidade dos modelos de mobilidade como serviço. Operadores de frotas partilhadas e empresas de subscrição exigem soluções de manutenção contínua, com tempos de resposta curtos e contratos escaláveis.

Neste contexto, as oficinas que investem em formação certificada para veículos elétricos asseguram maior retorno e posicionamento estratégico.

Acesso a dados, rastreabilidade e regulação

A legislação europeia exige o acesso justo aos dados técnicos dos veículos. Contudo, muitos fabricantes limitam esse acesso, criando barreiras à concorrência e penalizando oficinas independentes.

Além disso, o tema da rastreabilidade ganhou relevância no pós-pandemia. Algumas empresas recorrem a tecnologia blockchain para garantir a autenticidade das peças e monitorizar a cadeia de fornecimento.

Finalmente, os riscos de cibersegurança aumentam. Veículos conectados expõem oficinas a ataques e exigem medidas de proteção de dados mais robustas.

Consolidação, cadeia de fornecimento e logística

A consolidação do aftermarket intensificou-se em Portugal. As redes de oficinas crescem por franchising ou aquisição, ganhando escala, eficiência operacional e poder de compra.

Ao mesmo tempo, os distribuidores investem em hubs logísticos regionais, entregas em 24 horas e tecnologias de rastreamento. Esta reorganização responde a falhas logísticas causadas por eventos globais recentes.

Por isso, muitas empresas optam por relocalizar fornecedores, apostar no nearshoring e aumentar a capacidade de armazenamento local, reforçando a resiliência da cadeia de abastecimento.

Mudanças no perfil do consumidor e sustentabilidade

O consumidor em 2025 exige transparência, agilidade digital e experiências integradas. Estas expectativas obrigam as empresas a investir em canais digitais eficientes e atendimento consistente.

Além disso, a sustentabilidade influencia decisões de compra. Os clientes valorizam oficinas que reutilizam peças, reduzem desperdício e apresentam práticas sustentáveis.

Adicionalmente, os regulamentos europeus impõem metas ambientais rigorosas. As empresas que lideram esta transição atraem investidores e conquistam contratos públicos ou com grandes frotas.

Competências técnicas e escassez de talento

O aftermarket exige novos perfis profissionais. Aliás, técnicos com competências em diagnóstico digital, eletrónica e tornaram-se indispensáveis.

Entretanto, os centros de formação respondem a esta evolução com currículos atualizados. No entanto, a oferta ainda não cobre a procura real.

Consequentemente, as empresas mais bem preparadas criam academias internas e oferecem formação certificada como parte da estratégia de retenção de talento.

Operações de M&A e transformação do aftermarket

Estratégias de consolidação e aquisição

As operações de M&A tornaram-se uma resposta estratégica à fragmentação do setor. De facto, empresas maiores compram oficinas, distribuidores e plataformas digitais, para escalar o negócio e ganhar vantagens competitivas.

Além disso, muitos fabricantes apostam na integração vertical, controlando diretamente o serviço pós-venda e eliminando intermediários.

Por fim, a aquisição de competências tornou-se motivação central. A compra da EBS Aftermarket Group pela brasileira Randon demonstra como os grupos usam o M&A para acelerar entrada em novos mercados e ganhar capacidade técnica.

Pessoas, sinergias e riscos de integração

As equipa técnicas e comerciais são ativos valiosos nas operações de aquisição. Os compradores criam planos de retenção e investem em formação para manter o know-how crítico.

Entretanto, a geração de sinergias operacionais depende da integração de sistemas, logística e processos de compras. Caso falhem, as vantagens do M&A perdem-se rapidamente.

Além disso, os contratos com fornecedores e clientes exigem renegociação estruturada. O excesso de concentração pode desequilibrar o mercado e limitar a margem de manobra das partes envolvidas.

Métricas e valorização de empresas no aftermarket

Indicadores operacionais e digitais

As empresas devem acompanhar tempo médio de reparação, taxa de retrabalho e rotação de stock. Em paralelo, os KPIs digitais como taxa de conversão online, tempo de resposta a pedidos e Net Promoter Score (NPS) ajudam a medir a eficiência comercial.

Valorização e múltiplos

O valor de uma empresa no aftermarket depende da escala, margem e grau de digitalização. Distribuidores digitais apresentam múltiplos mais elevados (6x a 10x EBITDA) devido a custos fixos mais baixos e maior escalabilidade.

Riscos externos e ameaças ao setor de aftermarket

O aftermarket enfrenta riscos estruturais. A dependência de fornecedores asiáticos, a volatilidade cambial e o aumento dos custos logísticos afetam a estabilidade financeira das empresas.

Além disso, a rápida evolução tecnológica exige investimentos contínuos em equipamentos e formação. Quem não acompanhar esta mudança perde rapidamente competitividade.

Finalmente, os custos energéticos e as obrigações ambientais pressionam as margens, penalizando empresas menos eficientes.

Aftermarket em Portugal: oportunidades reais de consolidação

Portugal apresenta um mercado de aftermarket ainda muito fragmentado. Muitas empresas operam com estrutura familiar, baixa digitalização e pouca preparação financeira para processos de venda ou captação de capital.

No entanto, o mercado português oferece procura estável, fidelização dos clientes e uma posição geográfica favorável, o que atrai operadores internacionais.

Exemplos recentes confirmam essa dinâmica: a Recalvi adquiriu a Bombóleo e a Iberoturbo, e a 3A Aftermarket comprou a Auto Torre da Marinha para reforçar a sua rede nacional.

Comparação internacional e fundos de investimento

Na Europa Central e do Norte, o aftermarket é mais maduro, digitalizado e sujeito a regras exigentes. De acordo com a Acquinox Advisors, a retoma do M&A nestes mercados está prevista para 2025.

Em contrapartida, os mercados emergentes oferecem potencial elevado de crescimento. Países como Brasil, Índia e Indonésia dependem fortemente do aftermarket para manter frotas envelhecidas.

Além disso, fundos soberanos como o ADQ (Emirados Árabes Unidos) e o PIF (Arábia Saudita) estão a investir em logística e distribuição, o que poderá ter impacto também no mercado português.

O papel da HMBO na valorização de empresas do aftermarket

Os investidores que pretendem entrar ou expandir no aftermarket português enfrentam frequentemente falta de informação estruturada, indicadores inconsistentes e baixa preparação financeira por parte das empresas-alvo. Esta realidade dificulta a avaliação rigorosa e aumenta o risco da operação.

A HMBO atua para eliminar essas barreiras. Garante que os ativos disponíveis para aquisição são avaliados tecnicamente, que existe documentação fiável e que o processo é conduzido com total confidencialidade e clareza negocial. Além disso, adapta cada operação ao perfil e aos objetivos do investidor, desde o sourcing até ao fecho.

Este acompanhamento especializado reduz significativamente o risco, acelera o processo de decisão e assegura compatibilidade estratégica entre as partes.Fale connosco! Terá acesso a oportunidades reais, bem preparadas e com elevado potencial de valorização.

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