
O Programa de Coinvestimento Deal by Deal permite que empresários avancem com aquisições estratégicas mesmo quando não têm todo o capital necessário. Esta solução, promovida pelo Banco Português de Fomento, oferece uma via concreta para financiar operações de M&A com recurso a capital público e privado.
Desta forma, o empresário pode manter o controlo da operação sem depender totalmente de capitais próprios ou de crédito bancário tradicional. Por isso, o Programa de Coinvestimento Deal by Deal representa uma alternativa prática e estruturada para quem quer crescer por aquisição com equilíbrio e visão de longo prazo.
O Banco Português de Fomento (BPF) lidera a implementação do Programa de Coinvestimento Deal by Deal, assegurando o seu enquadramento estratégico e financeiro. Este modelo visa apoiar projetos que geram valor económico real e contribuem para a competitividade da economia portuguesa.
Ao contrário das instituições financeiras privadas, o BPF aceita assumir maior risco e não exige retorno imediato. Assim, consegue financiar operações mais exigentes, com impacto regional ou setorial, mesmo que envolvam maior incerteza inicial. Além disso, o BPF articula este programa com outras fontes de financiamento público, como o PRR ou fundos europeus, o que amplia a capacidade de investimento das empresas envolvidas.
O Programa de Coinvestimento Deal by Deal funciona com base na análise individual de cada operação, em vez de recorrer a fundos ou linhas genéricas. Neste modelo, o empresário apresenta uma proposta concreta de aquisição, com racional económico claro e plano de criação de valor.
A seguir, o BPF avalia se a operação justifica apoio público em coinvestimento com parceiros privados. Em vez de impor um modelo fechado, o BPF adapta a estrutura de financiamento à realidade do projeto. Por conseguinte, o promotor pode manter flexibilidade negocial e controlo sobre a gestão e a estrutura societária.
O financiamento no âmbito do Programa de Coinvestimento Deal by Deal pode incluir vários instrumentos, consoante o perfil da operação. Em geral, a estrutura integra dívida sénior ou subordinada, mezzanine ou quasi-equity, podendo incluir entradas minoritárias em capital.
A seguir, o BPF pode ainda disponibilizar garantias públicas que reforçam o acesso ao crédito bancário tradicional. Consoante a maturidade da empresa alvo, o banco pode assumir posições subordinadas, permitindo ao investidor privado ter preferência nos reembolsos. Assim, a operação torna-se mais atrativa para todos os envolvidos.
O processo de candidatura ao Programa de Coinvestimento Deal by Deal inicia-se com a elaboração de um dossier técnico-financeiro completo. Esse documento inclui um plano de negócios a três ou cinco anos, a descrição da estrutura jurídica e societária, e os modelos financeiros com cenários alternativos.
Em seguida, o BPF avalia o risco da operação, a qualidade da equipa promotora, o alinhamento com os objetivos do programa e o perfil do investidor privado envolvido. Com base nessa análise, o banco decide se avança para a fase de negociação de condições. Nessa fase, definem-se os prazos, taxas, garantias, cláusulas de governance e regras de saída.
O BPF dá prioridade a projetos que criam valor económico de forma concreta e mensurável. O banco favorece operações com impacto na economia nacional ou regional, que promovem internacionalização, inovação ou transição digital e energética.
Para além disso, valoriza promotores com experiência no setor, capacidade comprovada de execução e compromisso estratégico com a empresa alvo. Por conseguinte, quem já participou em operações semelhantes ou integra consórcios bem estruturados tem maior probabilidade de aprovação.
A candidatura ao Programa de Coinvestimento Deal by Deal exige planeamento rigoroso e preparação detalhada. Sem um plano financeiro sólido e documentação completa, é difícil passar a fase de avaliação inicial.
Além disso, estruturas societárias desorganizadas, ausência de due diligence e falta de alinhamento entre promotor e investidor privado reduzem drasticamente as hipóteses de sucesso. Por isso, é essencial apresentar um projeto coeso, com impacto estratégico evidente e estrutura limpa.
As operações financiadas ao abrigo do Programa de Coinvestimento Deal by Deal implicam contratos com cláusulas de controlo e salvaguarda por parte do BPF. Estas cláusulas podem incluir direitos de acompanhamento, veto em decisões estratégicas e restrições à distribuição de dividendos durante o período de investimento.
No plano fiscal, o desenho da estrutura deve garantir a dedutibilidade dos encargos financeiros, o enquadramento de participações qualificadas e o aproveitamento de incentivos como o RFAI ou o DLRR. Dessa forma, maximiza-se o retorno líquido da operação.
Após a aprovação da operação, o promotor fica obrigado a reportar periodicamente a evolução do projeto. O BPF exige informação clara e atualizada sobre desempenho financeiro, execução do plano de negócios e cumprimento de objetivos estratégicos.
Se surgirem desvios ou falhas nos marcos acordados, o banco pode renegociar as condições ou acelerar o reembolso. Por isso, o promotor deve manter um controlo de gestão rigoroso e comunicar de forma proativa com o BPF durante toda a vigência do financiamento.
O Programa de Coinvestimento Deal by Deal já viabilizou operações bem-sucedidas em setores como indústria transformadora, saúde, turismo e agroindústria. Estes projetos têm em comum o impacto económico direto, a capacidade de execução das equipas e uma estrutura financeira ajustada.
Em contrapartida, as candidaturas rejeitadas falham quase sempre pelos mesmos motivos: falta de estrutura, ausência de investidor privado credível ou incapacidade de demonstrar impacto concreto. Assim, quem prepara bem o processo e apresenta um projeto sólido tem vantagem clara.
Na HMBO ajudamos empresários a transformar boas oportunidades em operações de M&A aprovadas pelo BPF. A nossa equipa estrutura a operação desde o início: desenha o racional estratégico, monta os modelos financeiros, prepara o dossier técnico e gere a articulação com os investidores privados.
Em seguida, asseguramos que a candidatura cumpre os critérios do programa e antecipamos eventuais obstáculos legais, fiscais ou negociais. O nosso envolvimento reduz o risco de recusa, acelera o processo de aprovação e melhora as condições de financiamento.
No fim, os nossos clientes ganham controlo sobre o processo, acesso a capital público e privado e estrutura para crescer com confiança. Por isso, quem trabalha connosco entra mais bem preparado, mais bem posicionado e com mais capacidade de execução.
Se está a preparar uma aquisição e quer estruturar o financiamento com apoio do Banco Português de Fomento, fale connosco.